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Quiet Luxury: a sofisticação silenciosa redefine o mercado de alto padrão

Segundo explica o consultor de investimentos Luiz Sérgio de Assis Pereira Júnior, o mercado de luxo caminha para uma abordagem em que a personalização se torna protagonista


05/05/2025 08:41:32


Quiet Luxury: a sofisticação silenciosa redefine o mercado de alto padrão

 

Em tempos de transformações no comportamento do consumidor de alta renda, uma nova maneira de entender o luxo vem ganhando espaço — e começa a impactar o mercado imobiliário e de investimentos nacional e regionalmente. Conhecido como Quiet Luxury, ou "luxo silencioso", o conceito propõe uma releitura da sofisticação, priorizando discrição, qualidade e autenticidade em detrimento da ostentação.

Luiz Sérgio de Assis Pereira Júnior, consultor de investimentos e um dos líderes da Engetec Excelência Imobiliária, observa que essa tendência reflete um amadurecimento do público high ticket. "Vivemos uma transição em que o luxo não precisa mais ser afirmado de forma explícita. O verdadeiro prestígio está naquilo que é vivido e sentido, e não necessariamente exposto", explica.

Segundo ele, as mudanças econômicas no mercado mundial também influenciaram essa nova postura. Consumidores mais experientes passaram a valorizar produtos e experiências que tragam valor de longo prazo, identidade e propósito. “A busca é por ambientes atemporais, acabamentos impecáveis e produtos que carreguem história e manufatura, em vez de símbolos facilmente reconhecíveis por logotipos ou ostentação”, complementa Luiz Sérgio.

O conceito de Quiet Luxury se consolidou no radar do mercado de moda em 2023, mas rapidamente se expandiu para setores como arquitetura, beleza, tecnologia, automóveis e, principalmente, o mercado imobiliário. Hoje, o imóvel de alto padrão que se destaca não é apenas o que impressiona pelo tamanho ou pelo endereço nobre, mas aquele que entrega uma experiência. A preferência associa requisitos como integração com a natureza, materiais nobres e sensoriais, assim como projetos que priorizam o bem-estar e a fluidez dos espaços.

Para Luiz Sérgio, o mercado de luxo caminha para uma abordagem em que a personalização se torna protagonista. “O comprador de imóveis high-end busca mais do que uma casa: ele quer um espaço que traduza seu estilo de vida de maneira discreta, confortável e, acima de tudo, autêntica”, afirma.

Essa nova relação com o luxo também impõe mudanças na forma de atendimento e no modelo de negócios. O prestígio não está apenas no produto entregue, mas em toda a experiência envolvida: do atendimento personalizado às estratégias de venda que priorizam a privacidade do cliente. “Ambientes reservados, processos menos invasivos e uma comunicação baseada em histórias e valores substituem ações promocionais chamativas”, destaca.

Outro ponto levantado por Luiz Sérgio é a crescente valorização da sustentabilidade e da responsabilidade social no consumo de alto padrão, postura que reforça o movimento em direção a materiais sustentáveis, técnicas artesanais e projetos imobiliários que aliam a sofisticação a práticas ecologicamente mais conscientes.

“Hoje, a discrição se conecta diretamente à consciência. O consumidor de luxo quer investir em algo que tenha qualidade, durabilidade e que também respeite valores humanos e ambientais”, aponta.

Apesar dessa forte tendência, Luiz Sérgio lembra que o mercado de luxo permanece plural. “Cada cliente desenha seu próprio significado de sucesso, e o mercado precisa estar atento para atender essas múltiplas narrativas”, analisa. Para o especialista, o grande desafio e oportunidade das empresas do segmento está em entender que sofisticação pode assumir diversas formas.

"O luxo, hoje, é sobre liberdade de escolha. Para alguns, é uma descrição silenciosa. Para outros, a celebração vibrante. O importante é oferecer experiências que respeitem a individualidade de cada cliente", conclui.

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